PROJETO: O JOGO COMO RECURSO PEDAGÓGICO.







PROJETO: O JOGO COMO RECURSO PEDAGÓGICO.






RIO BRILHANTE – MS
MAIO A JULHO/ 2012
ESCOLA MUNICIPAL PREFEITO SÍRIO BORGES

DIRETORA: MARIA LUCIENE DOS SANTOS
COORDENADORA: ADRIANA JORIS

PROFESSORES:
JAILSON CESÁRIO DA SILVA
ROSENEIDE JUNG DA SILVA








PROJETO: O JOGO COMO RECURSO PEDAGÓGICO.






Projeto Educacional Interdisciplinar desenvolvido no Ensino Fundamental com o 8° e 9° Ano no período matutino e vespertino envolvendo os professores de Arte e Educação Física e coordenação pedagógica.














RIO BRILHANTE – MS
MAIO A JULHO/ 2012
SUMÁRIO


1- JUSTIFICATIVA
2- OBJETIVOS
2.1- OBJETIVO GERAL
2.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3- METODOLOGIAS
3.1- METODOLOGIA DA COORDENAÇÃO
3.2-METODOLOGIA DE ARTE
3.3- METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
4- RECURSOS
5- CRONOGRAMAS
5.1- CRONOGRAMA DA COORDENAÇÃO 
5.2- CRONOGRAMA DA DISCIPLINA DE ARTE 
5.3- CRONOGRAMA DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
6- AVALIAÇÕES
6.1- AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO
6.2- AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTE
6.3- AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
7-CONCLUSÃO
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9- ANEXOS

1 – JUSTIFICATIVA


A Escola Municipal Prefeito Sírio Borges está localizada no Centro da cidade, em um amplo espaço físico, atendendo alunos da Educação Infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental totalizando 593 alunos.
Nossos alunos são oriundos dos bairros próximos e mais afastados da escola, de fazendas, assentamentos. É um grupo bastante heterogêneo, alguns alunos indígenas, o que propõe desafios na construção do processo ensino-aprendizagem. 
O presente projeto foi pensado para desenvolver a linguagem oral e escrita, imaginação, motivação e o lúdico, porque quando se brinca com diversas formas, surgem palavras com significados,e o jogo é importante para nossos alunos e, isto não é valorizado pelos responsáveis pela educação. O fracasso escolar, a evasão, a repetência são fatos comprovados e muitas soluções alternativas já foram tentadas em vão. Para os educandos, a sala de aula é uma “prisão”, onde são obrigados a realizar tarefas chatas, completar exercícios intermináveis, copias extensas, cujo principal objetivo é mantê-los ocupados, evitando “bagunça”. 
Partindo deste pressuposto os professores da disciplina de Arte e Educação Física juntamente com a coordenação resolveram trabalhar os conteúdos propostos na Proposta Pedagógica Municipal através do “jogo trilhas”, ou seja, levaram os alunos a estudar e pesquisar na teoria os conteúdos que muitas vezes não chamam a atenção a parte teórica destas disciplinas, ficando mais ligados na prática.
 Segundo Kamii (1994, p.113) “comprovou que as escolas onde o jogo é atividade freqüente no currículo, as crianças são mentalmente mais ativas e auto-confiantes, resultado num maior desenvolvimento social.” Pois através do jogo a criança tem mais oportunidade de questionar ordens, de apresentar sua versão de fatos, de ser ouvida a ser aceita pelos participantes do jogo.
Precisamos nós educadores buscar alternativas de aprendizagem, lutar pelo aprendizado de nossas crianças, exigir condições de melhorar o espaço, onde a brincadeira, o jogo é coisa séria! Porque brincando também se aprende. 
O jogo é um ótimo recurso pedagógico na sala de aula porque proporciona a relação entre parceiros e grupos o que é um fator de avanços cognitivos, pois durante os jogos a criança estabelece decisões, conflitua-se com seus adversários e reexamina seus conceitos, pois “a aprendizagem em sua forma mais simples se é estabelecida de uma conexão entre estímulo e uma resposta.” (CORIA-SABINI 1986,p.03)
Brincando a criança e o adolescente amplia suas capacidades de pensar, imaginar, agir, pois é essencial atividades usando o lúdico, pois permite unir ação emoção, imaginação e representação, a aula será muito mais interessante e proveitosa.
 Para Almeida (1987,p.26): “Brincar faz parte da vida da criança e permite relação pensamento       ação, matriz da atividade linguística, tornando possível o uso da fala, do pensamento e da imaginação.”
A criança, o adolescente precisa desenvolver-se num ambiente que atenda suas necessidades estruturais e energéticas, onde possa ser parte integrante e dinâmica de uma realidade organizada, flexível e harmônica. E a brincadeira é a mais adequada forma de oportunizar a construção de si, do outro e da relação entre ambos. 
Através do conhecimento, a brincadeira, o jogo, permite a construção do julgamento moral e a aceitação de sanções, pois a criança é motivada a aceitar regras de conduta, para poder participar. Durante a realização do jogo, a regra deve ser aceita “numa boa”, os combinados devem ser respeitados, senão o participante é excluído do jogo. A solidariedade, a cooperação, o respeito mútuo, são valores formados durante o período que estão na escola juntamente com os educadores, assim quanto mais a criança vivenciar atividades lúdicas interessantes e variadas, mais estímulos terá para se desenvolver nos aspectos afetivo, moral, psicomotor e social, como um todo, integrado.
Benjamin lembra que: “O lúdico é um elemento presente na vida da criança, mas para que sua expressão máxima se manifeste – o jogo – é preciso que haja a suspensão da obrigação e do constrangimento, e, que sejam viabilizados espaço e tempo para seu desenvolvimento.
Para complementar Marilena Chauí diz, “quando a criança brinca, joga e finge, está criando um mundo, mais rico e mais belo, mais cheio de possibilidades e invenções do que o mundo onde, de fato, vive.”
É importante valorizar professores que trabalham com o lúdico, que acreditam que através do jogo, do brinquedo e da brincadeira terão um sentido mais profundo do brincar, pois brincando também se aprender. E nós educadores, melhor que ninguém sabemos que a nova geração precisa ser capacitada para criar, inventar e mais, sonhar com um mundo melhor, pois vivemos numa sociedade que vive em constante transformação.

2 – OBJETIVOS


2.1 – OBJETIVO GERAL

Propor uma experiência interdisciplinar através do lúdico, utilizando o componente simbólico imaginário presente nas ações criadoras das crianças, como ponto de partida para construção do conhecimento e estruturação do seu papel social.

2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROJETO 
Proporcionar aos adolescentes a oportunidades de ampliar seus conhecimentos através do jogo trilhas;
Pesquisar as obras do artista Ivan Cruz;
Despertar o gosto estético através da arte naif, ou seja, da arte original produzida pelos alunos autodidatas que não tem formação acadêmica;
Reler as imagens;
Rever os conteúdos da proposta pedagógica através do jogo;
Fazer com que o educando aproprie-se de conhecimentos das regras e curiosidades do mundo esportivo de forma lúdica e interativa;
Aproximar os alunos não praticantes daqueles que tem maior afinidade com os desportos aumentando a troca de experiências.


3 – METODOLOGIA

3.1- METODOLOGIA DA COORDENADORA 
Pesquisa sobre jogos e a importância dos mesmos para o processo ensino aprendizagem;
Montagem do projeto;
Pesquisa sobre a vida e obras do artista: Ivan Cruz, Portinari e outros que trabalham as brincadeiras da infância.
Montagem das pastas com as obras dos artistas;
Observação do desenvolvimento do projeto em sala de aula;

3.2- METODOLOGIA DA PROFESSORA DE ARTE
Num primeiro momento reuniu-se os professores de Arte e Educação Física, coordenadora e direção para conversarmos sobre o projeto, bem comosua execução;
Explanação do projeto aos alunos do 8° e 9° ano do período matutino e vespertino;
Os alunos foram organizados em duplas para o desenvolvimento das atividades;
Organização das trilhas no papel paraná;
Releitura das obras de arte pré-selecionadas dos artistas, foram realizados vários estudos de releitura para representação dos esportes e brincadeiras apresentados nos jogos;
Mediante as releituras foi feita relações compositivas contextualizando as práticas esportivas e brincadeiras;
As composições foram coladas sobre o papel paraná e plastificadas para a utilização nas aulas.

3.3- METODOLOGIA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Elaboração das regras;
Pesquisas sobre fundamento e curiosidades esportivas;
Aulas práticas de montagem do jogo;
Jogos em pequeno e grande grupo.


4 – RECURSOS

Recursos Humanos: alunos, professor, coordenação, direção e pais de alunos.

Recursos Pedagógicos: Apostila com as obras dos artistas, cola, tesoura, papéis (diversos), pincel atômico, cadernos, lápis de cor, lápis, borracha, caneta, caneta bicolor.

Recursos Tecnológicos: câmera fotográfica, sala de tecnologia, blog da escola.




5 – CRONOGRAMAS DE ATIVIDADES

5.1 – Coordenadora: Adriana Joris

DIA DA
EXECUÇÃO

QUANTIDADE DE AULAS
UTILIZADAS
AÇÕES A SEREM
DESENVOLVIDAS
09/05/2012
01h/aula
# Reunião com os professores de Arte de Educação Física juntamente com a coordenação e direção.
10/05/2012
04h/aulas
# Apresentação do projeto juntamente com os professores para as turmas do 8° e 9° Ano.
11/05/2012
04h/aulas
#Pesquisa na internet sobre a vida e obras dos artistas.
14/05/2012
04h/aulas
#Montagem das pastas com as obras dos artistas para
embasamento do trabalho prático.
14/05/2012
01h/aula
#Observação da elaboração das trilhas no papel canson em todas as turmas entrei e fiquei alguns minutos para avaliar o andamento do trabalho.
21/05/2012
24/05/2012
28/05/2012
30/05/2012

01h/aula para cada dia.
# Observação da participação e interesse dos alunos na releitura das obras de arte, e no desempenho de todo o trabalho.
#Fotos para o projeto.
18/05/2012
22/05/2012
08/06/2012
02h/aulas
02h/aulas
#Pesquisa eelaboração das questões juntamente com o professor de Educação Física sobre as modalidades contempladas.
13/07/2012
02h/aulas
#Encerramento do projeto com os alunos jogando.




5.2 – Professora Roseneide Jung da Silva                           Disciplina: Arte

DIA DA
EXECUÇÃO

QUANTIDADE DE AULAS
UTILIZADAS
AÇÕES A SEREM
DESENVOLVIDAS
09/05/2012
01h/aula
# Reunião com os professores de Arte de Educação Física juntamente com a coordenação e direção.
10/05/2012
04h/aulas
# Apresentação do projeto aos alunos do 8° Ano “A” e “B”, 9° Ano “A” e “B”.
14/05/2012
04h/aulas

#Elaboração e desenho das trilhas para ilustração.
17/05/2012
04h/aulas
#Pesquisa e seleção dos artistas.
21/05/2012
04h/aula
#Organização dos elementos componentes e regras dos jogos.
24/05/2012
04h/aulas
#Releituras das obras de Ivan Cruz para ilustração dos jogos.
28/05/2012
04h/aulas
#Composição sobre o cansonA3.
31/05/2012
04h/aulas
#Composição sobre o canson A3.
04/06/2012
04h/aulas
#Organização e finalização das trilhas.
11/06/2012
04h/aulas
#Finalização dos jogos com as releituras das obras de Ivan Cruz.


5.3 – Professor Jailson Cesário da Silva             Disciplina: Educação Física

DIA DA
EXECUÇÃO

QUANTIDADE DE AULAS
UTILIZADAS
AÇÕES A SEREM
DESENVOLVIDAS
09/05/2012
01h/aula
# Reunião entre os professores envolvidos, coordenação e direção para deliberar sobre o projeto, início e aplicação.
11/05/2012
02h/aulas
# Apresentação do projeto aos alunos do 8° Ano “A” e9° Ano “A”.
15/05/2012
02h/aulas

# Apresentação do projeto aos alunos do 8° Ano “B” e9° Ano “B”.
18/05/2012
02h/aulas
#Escolha das modalidades, temas das do jogo, pesquisa sobre o tema escolhido.
22/05/2012
02h/aula
#Elaboração das questões referente ao jogo contemplado.
#Temas: Voleibol e futsal.
08/06/2012
02h/aulas
#Elaboração das questões referente ao jogo contemplado.
#Temas: Futebol, curiosidades esportivas e handebol.
19/06/2012
02h/aulas
#Organização dos componentes, regras e funcionamento do jogo.
06/07/2012
02h/aulas
#Organização e finalização do jogo.
13/07/2012
02h/aulas
#Encerramento das atividades do projeto com os alunos jogando entre si e analisando os pontos positivos do jogo.
.
6 – AVALIAÇÕES

6.1 – Coordenadora: Adriana Joris
A avaliação do foi feita pela participação, cooperação, criatividade e desenvolvimento das atividades pelos alunos juntamente com os professores envolvidos.


6.2 – Professora: Roseneide Jung da Silva                   Disciplina: Arte
O sistema avaliativo foi estabelecido através de relações com o trabalho apresentado e observações a respeito da participação, criatividade, assiduidade e interesse nas atividades propostas.


6.3 – Professora: Jailson Cesário da Silva                       Disciplina: Educação Física
Os alunos serão avaliados através da:
Participação;
Pesquisas;
Empenho na montagem do jogo;


7 – CONCLUSÃO

Concluímos que é preciso reiterar que a brincadeira, o jogo, como qualquer atividade humana, é uma ação que é aprendida pelas crianças, adolescentes ou mais velhos.O contato com o jogo possibilitou uma aprendizagem multidisciplinar das formas de ser e pensar da sociedade.
Através deste projeto deu para perceber que é possível o professor se soltar e trabalhar os jogos como forma de difundir os conteúdos, foi possível detectar que ao jogar pode alcançar níveis mais complexos por causa das possibilidades de interação entre os pares numa situação imaginária e pela negociação de regras de convivência e de conteúdos temáticos.






8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica - técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Edições Loyola, 1987.
BENJAMIN, Walter. Brinquedo e brincadeira: Observações sobre uma obra monumental. História cultural do brinquedo. In: ______________. Magia etécnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.
CORIA-SABINI,Maria Aparecida. Psicologia Aplicada à educação, São Paulo:EPU,1986.
BRASIL. Lei no 9.394, de 23 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, 1996.
KAMII, C.; DEVRIES, R. Jogos em Grupo na Educação Infantil: implicações na teoria de Piaget.SãoPaulo: Trajetória Cultural, 1994.
http://criancagenial.blogspot.com.br/2009/02/frases-sobre-recordacoes-da-infancia.html, acessado dia 18 de julho de 2012.