ESCOLA MUNICIPAL PREFEITO SÍRIO BORGES
DIRETORA: MARIA LUCIENE DOS SANTOS
COORDENADORA PEDAGÓGICA: ADRIANA JORIS
PROFESSORA: LURDES DE FÁTIMA VIANA PRESTES
DISCIPLINA: HISTÓRIA
JUSTIFICATIVA
O projeto será desenvolvido com alunos da 7ª série da Escola Municipal Prefeito Sírio Borges, a mesma fica no centro da cidade na Rua Juviano Medeiros e a clientela e de pouco poder aquisitivo. A grande maioria dos alunos são adolescentes oriundos de famílias desestruturadas e com pouca informação. Alguns responsáveis pelos alunos são até analfabetos. Os que acompanham a vida escolar dos filhos e uma minoria, e só comparecem na escola quando e solicitada a sua presença, outros nem mesmo solicitando.
Os alunos refletem a realidade social do meio em que vivem, e a grande maioria comparecem na escola sem o material necessário e básico para estudar (cadernos, lápis, borracha, etc.), encontram-se completamente desmotivados, sem expectativa nenhuma para o futuro, apresentam serias dificuldades na leitura, na escrita e consequentemente não fazem interpretação de textos, são copistas.
Portanto, devido a essa preocupação resolvi procurar novos caminhos, novas metodologias pretendendo com isso melhorar o processo ensino-aprendizagem. Questionando sempre, para que ensinar? Para que serve o que estou ensinando? Quais os objetivos que proponho? E assim alternando novas maneiras de conduzir o ensino e a aprendizagem. Muitas escolas vêm repensando a função da avaliação. Sua prática vem mostrando que a avaliação pode ser um instrumento para ajudar o aluno a aprender, quando centrada nas atividades diárias de sala de aula.
Por mais que o professor, os colegas de classe e os materiais didáticos contribuem para que a aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem, é ele quem vai modificar, enriquecer e, portanto construir novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação.
No entanto, a construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares sofrem influência das ações propostas pelo professor, pelos colegas e também dos meios de comunicação, dos pais, irmãos, dos amigos, das atividades de lazer, do tempo livre, etc.. Dessa forma, a escola precisa estar atenta às diversas influências para que possa propor atividades que favoreçam as aprendizagens significativas.
Se a aprendizagem for uma experiência bem sucedida, o aluno constrói uma representação de si mesmo como alguém capaz de aprender. Se, ao contrário, for uma experiência mal sucedida, o ato de aprender tenderá a se transformar em uma ameaça, e a ousadia necessária à aprendizagem se transformará em medo, para o qual a defesa possível é a manifestação de desinteresse.
No entanto, é importante que se considere, em primeiro lugar, que nem todas as pessoas têm os mesmos interesses e habilidades, nem aprendem da mesma maneira, o que exige uma atenção especial, por parte da equipe escolar, para que todos possam se integrar do processo de aprender.
Para Piaget, por exemplo, a aprendizagem depende do nível de desenvolvimento já alcançado pela criança. O ensino deve seguir o desenvolvimento, pois só é possível aprender quando há um amadurecimento das funções cognitivas compatíveis com o nível de aprendizagem. Assim, a construção do conhecimento é entendida como resultante de adaptações da criança ao meio.
Para tanto, é fundamental que os professores saibam avaliar seus alunos, como ainda, as metodologias e instrumento de avaliação que, direta ou indiretamente, se aplica à escola. Ao ensino e ao próprio desempenho, visto que, cada tipo de conteúdo requer instrumentos apropriados de avaliação.
Nesse sentido, FERNANDES ressalta:
“ [...] a avaliação sendo parte de um processo maior deve ser usada tanto no sentido de um
acompanhamento do desenvolvimento do estudante, como no sentido de uma apreciação final sobre o que este estudante pôde obter em um determinado período, sempre com vistas a planejar ações futuras[...] ”. ( FERNANDES, Cláudia de O. 2006, p.115)
A essa aprendizagem integra-se o desenvolvimento de capacidades estéticas, que permitem realizar produções cada vez mais aprimoradas, sejam elas no campo da língua, das ciências ou no campo da arte, incluindo ainda a apreciação de múltiplas produções artísticas ligadas a diferentes culturas e momentos históricos.
Com as transformações pelas quais a sociedade vem passando, as formas de produção e aquisição dos saberes também vão se modificando. Cabe então, ao professor, o compromisso de mediar a construção do processo de conceituação, a ser apropriada pelos alunos, efetivando promoção de aprendizagem, o desenvolvimento de habilidades e competências para que elas participem ativamente da sociedade. Sendo assim, é tarefa do professor desenvolver situações de aprendizagem diferenciadas e estimular a articulação entre saberes e competências.
Conforme a definição de MORRETO (2003), as habilidades estão associadas ao saber fazer, ou seja, área física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim sendo, as habilidades devem ser desenvolvidas na busca de competências.
É também PERRENOUD que diz que “ Construir uma competência significa aprender a identificar e a encontrar os conhecimentos pertinentes”. Por isso, “se estiverem já presentes, organizados e designados pelo contexto, fica escamoteada essa parte essencial da transferência e da mobilização”.
Do ponto de vista prático, isso, isso significa que é necessário que os alunos descubram os seus próprios caminhos. Quanto mais “pronto” é o conhecimento que lhes chega, menos estarão desenvolvendo a própria capacidade de buscar esses conhecimentos, de “ aprender a aprender “, como tanto se preconiza hoje.
Cabe ao estudo da História, enquanto ciência social, desvendar esse enigma em toda a sua complexidade.
Portanto, é necessário buscar a essência dos fatos, ou seja, localizar os fatores econômicos, políticos, sociais e culturais que tiveram influência produzindo tais fatos.
O conhecimento sobre o nosso passado nos capacita a compreender o presente e fornece instrumentos para uma resposta aos desafios que o mundo nos impõe atualmente.
Embasada nessas fundamentações ao desenvolver esse projeto fiz uso de várias metodologias, sendo elas:
NOVE JEITOS MAIS COMUNS DE AVALIAR
1- PROVA OBJETIVA :
Definição- série de perguntas diretas, para respostas curtas, com apenas uma solução possível.
Função- Avaliar quanto o aluno apreendeu sobre dados singulares e específicos do conteúdo.
Vantagens – É familiar às crianças, simples de preparar e de responder e pode abranger grande parte do exposto em sala de aula.
Atenção – Pode ser respondida ao caso ou de memória e sua análise não permite constatar quanto o aluno adquiriu de conhecimento.
Planejamento – Selecionar os conteúdos para elaborar as questões e fazer as chaves de correções.
Análise – Definir o valor de cada questão e multiplicar pelo número de respostas corretas.
Como utilizar as informações – Listar os conteúdos que os alunos precisam memorizar; ensinando estratégias que facilitem associações, como listas agrupadas por ideias, relações com elementos gráficos e ligações com conteúdos já assimilados.
2-PROVA DISSERTATIVA:
Definição – Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer relações, resumir, analisar e julgar.
Função – Verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair fatos, formular ideias e redigi-las.
Vantagens – O aluno tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando habilidades de organização, interpretação e expressão.
Atenção – Não mede o domínio do conhecimento, cobre amostra pequena do conteúdo e não permite amostragem.
Planejamento - Elaborar poucas questões e dar tempo suficiente para que os alunos possam pensar e sistematizar seus pensamentos.
Análise – Definir o valor de cada pergunta e atribuir pesos a clareza das ideias, para a capacidade de argumentação e conclusão e a apresentação da prova.
Como utilizar as informações - Se o desempenho não for satisfatório, criar experiências e motivações que permitam ao aluno chegar à formação dos conceitos mais importantes.
3-SEMINÁRIO:
Definição – Exposição oral para um público leigo, utilizando a fala e materiais de apoio adequados ao assunto.
Função – Possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de forma eficaz.
Vantagens – Contribui para a aprendizagem do ouvinte e do expositor, exige pesquisa, planejamento e organização das informações; desenvolve a oralidade em público.
Atenção – Conhecer as características pessoais de cada aluno para evitar comparações na apresentação de um tímido ou de outro desinibido.
Planejamento – O professor deve ajudar na delimitação do tema, fornecer bibliografia e fontes de pesquisa, esclarecer os procedimentos apropriados de apresentação; definir a data de apresentação; solicitar relatório individual de todos os alunos.
Análise – Atribuir peso à abertura, ao desenvolvimento do tema, aos materiais utilizados e à conclusão. Estimular a classe a fazer perguntas e emitir opiniões.
Como utilizar as informações – Caso a apresentação não tenha sido satisfatória, planejar atividades específicas que possam auxiliar no desenvolvimento dos objetivos não atingidos.
4-TRABALHO EM GRUPO:
Definição – Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal etc) realizadas coletivamente.
Função – Desenvolve o espírito colaborativo e a socialização.
Vantagens – Possibilita o trabalho organizado em classes numerosas e a abrangência de diversos conteúdos em caso de escassez de tempo.
Atenção – Esse procedimento não tira do professor a necessidade de buscar informações para orientar as equipes. Nem deve substituir os momentos individuais de aprendizagem.
Planejamento – Propor uma série de atividades relacionadas ao conteúdo a ser trabalhado, fornecendo fontes de pesquisa, ensinar os procedimentos necessários e indicar os materiais básicos para a consecução dos objetivos.
Análise – Observar se houve a participação de todos e colaboração entre os colegas, atribuir valores às diversas etapas do processo e ao produto final.
Como utilizar as informações – Em caso de haver problemas de socialização, organizar jogos e atividades em que a colaboração seja o elemento principal.
5-DEBATE:
Definição – Discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de assunto polêmico.
Função – Aprender a defender uma opinião fundamentando-a em argumentos convincentes.
Vantagens – Desenvolve a habilidade de argumentação e a oralidade; faz com que o aluno aprenda a escutar com um propósito.
Atenção – Como mediado, o professor deve dar chance de participação a todos e não tentar apontar vencedores, pois em um debate deve-se priorizar o fluxo de informações entre as pessoas.
Planejamento – O professor deve definir o tema, orientando a pesquisa prévia, combinar com os alunos o tempo, as regras e os procedimentos; mostrar exemplo de bons debates. No final, pedir relatórios que contenham os pontos discutidos. Se possível, filmar as discussões para análise posterior.
Análise - Estabelecer pesos para a pertinência da intervenção, a adequação do uso da palavra e a obediência às regras combinadas.
Como utilizar as informações – Criar outros debates em grupos menores; analisar o filme e apontar as deficiências e os momentos positivos.
6-RELATÓRIO INDIVIDUAL OU SÍNTESE.
Definição – Texto produzido pelo aluno depois de atividades práticas ou projetos temáticos.
Função – Averiguar se o aluno adquiriu conhecimento e se conhece estruturas de texto.
Vantagens – É possível avaliar o real nível de apreensão de conteúdos depois de atividades coletivas ou individuais.
Atenção – Evitar julgar a opinião do aluno.
Planejamento – Definir o tema e orientar a turma sobre a estrutura apropriada ( introdução, desenvolvimento, conclusão e outros itens que julgar necessários, dependendo da extensão do trabalho ) ; o melhor modo de apresentação e o tamanho aproximado.
Análise - Estabeleça pesos para cada item que for avaliado (estrutura do texto, gramática, apresentação)
Como utilizar as informações – Só se aprende a escrever escrevendo. Caso algum aluno apresente dificuldade em itens essenciais, criar atividades específicas, indicar bons livros e solicitar mais trabalhos escritos.
7-AUTO – AVALIAÇÃO:
Definição – Análise oral ou por escrito, em formato livre, que o aluno faz do próprio processo de aprendizagem.
Função – Fazer o aluno adquirir capacidade de analisar suas aptidões e atitudes, pontos fortes e fracos.
Vantagens – O aluno torna-se sujeito do processo de aprendizagem, adquire responsabilidade sobre ele, aprende a enfrentar limitações e a aperfeiçoar potencialidades.
Atenção – O aluno só se abrirá se sentir que há um clima de confiança entre o professor e ele e que esse instrumento será usado para ajudá-lo a aprender.
Planejamento – Fornecer ao aluno um roteiro de auto-avaliação, definindo as áreas sobre as quais você gostaria que ele discorresse; liste habilidades e comportamento e peça para ele indicar aquelas em que se considera apto e aquelas em que precisa de reforço.
Análise – Use esse documento ou depoimento como uma das principais fontes para o planejamento dos próximos conteúdos.
Como utilizar as informações – Ao tomar conhecimento das necessidades do aluno, sugira atividades individuais ou em grupo para ajudá-lo a superar as dificuldades.
8- OBSERVAÇÃO:
Definição – Análise do desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar ou em situações planejadas.
Função – Seguir o desenvolvimento do aluno e ter informações sobre as áreas afetiva, cognitiva e psicomotora.
Vantagens – Perceber como o aluno constrói o conhecimento, seguindo de perto todos os passos desse processo.
Atenção – Fazer anotações no momento em que ocorre o fato; evitar generalizações e julgamentos subjetivos; considerar somente os dados fundamentais no processo de aprendizagem.
Planejamento – Elaborar uma ficha organizada (check-list, escalas de classificação) prevendo atitudes, habilidades e competências que serão observadas. Isso vai auxiliar na percepção global da turma e na interpretação dos dados.
Análise – Compare as anotações do início do ano com os dados mais recentes para perceber o que o aluno já realiza com autonomia e o que ainda precisa de acompanhamento.
Como utilizar as informações – Esse instrumento serve como uma lupa sobre o processo de desenvolvimento do aluno e permite a elaboração de intervenções específicas para cada caso.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:
Levar os alunos a compreender os variados processos históricos em uma perspectiva abrangente, que trata de aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais, fazendo-os perceber o encadeamento dos acontecimentos ao longo do tempo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Entender que a sociedade feudal resultou da fusão de instituições romanas e germânicas.
- Perceber a importância das guerras na vida dos povos bárbaros e sua relação com a formação das realezas germânicas.
- Diferenciar as três ordens que compunham a sociedade feudal: o clero, a nobreza e os camponeses.
- Identificar as principais partes de um feudo e relacioná-las com as necessidades de seus habitantes.
- Reconhecer a importância das atividades comerciais e agrícolas para a expansão da vida urbana na Europa a partir do século XI.
- Analisar as Cruzadas, destacando seus fatores e resultados religiosos, econômicos e políticos.
- Comparar as cidades medievais com as cidades atuais, estabelecendo semelhanças e diferenças.
- Entender que a sociedade feudal resultou da fusão de instituições romanas e germânicas.
- Compreender os aspectos relacionados à formação dos estados nacionais e grupos sociais ascendentes.
- Compreender a relação entre os três mundos: América, Europa e África.
RECURSOS
RECURSOS MATERIAIS:
Computador, papel sulfite, máquina fotográfica, televisão, aparelho de DVD, papel manilha, pincel atômico, régua, tinta, livros, lousa, giz, cola, etc.
RECURSOS HUMANOS:
Professora de História, professora da sala de tecnologia, coordenadora, secretaria da escola, etc.
METODOLOGIA
Leitura de textos, individual e em grupo destacando as palavras desconhecidas;
Aulas expositivas e explicativas;
Confecção de cartaz;
Seminários;
Debates;
Pesquisas na STE, livros etc;
Produção de sínteses sobre os conteúdos;
Assistir filme e depois fazer relatório;
Provas escrita.
CRONOGRAMA
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados através de:
Relatórios;
Na confecção de cartazes;
Comentários;
Exercícios;
Observação;
Elaboração de sínteses;
Participação;
Debates;
Provas.
Obs.: a avaliação será feita no decorrer de todo este processo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERNANDES, Claúdia de Oliveira. Currículo e Avaliação. In: BRASIL. Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Indagações sobre o Currículo. Brasília 2002.
MORETTO, Vasco P. Construtivismo – a produção do conhecimento em aula. 4ª edição. DP&A Editora, 2003
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000
VICENTINO, Cláudio. Projeto Radix: História, 7º ano/ Cláudio Vicentino.
São Paulo: Scipione, 2009.- ( Coleção Projeto Radix ).
Abaixo o Projeto proposto pela professora Lurdes aos alunos do 7º ano , eles fizeram debates, elaboraram cartazes e fizeram apresentação em sala de aula.
DIRETORA: MARIA LUCIENE DOS SANTOS
COORDENADORA PEDAGÓGICA: ADRIANA JORIS
PROFESSORA: LURDES DE FÁTIMA VIANA PRESTES
DISCIPLINA: HISTÓRIA
JUSTIFICATIVA
O projeto será desenvolvido com alunos da 7ª série da Escola Municipal Prefeito Sírio Borges, a mesma fica no centro da cidade na Rua Juviano Medeiros e a clientela e de pouco poder aquisitivo. A grande maioria dos alunos são adolescentes oriundos de famílias desestruturadas e com pouca informação. Alguns responsáveis pelos alunos são até analfabetos. Os que acompanham a vida escolar dos filhos e uma minoria, e só comparecem na escola quando e solicitada a sua presença, outros nem mesmo solicitando.
Os alunos refletem a realidade social do meio em que vivem, e a grande maioria comparecem na escola sem o material necessário e básico para estudar (cadernos, lápis, borracha, etc.), encontram-se completamente desmotivados, sem expectativa nenhuma para o futuro, apresentam serias dificuldades na leitura, na escrita e consequentemente não fazem interpretação de textos, são copistas.
Portanto, devido a essa preocupação resolvi procurar novos caminhos, novas metodologias pretendendo com isso melhorar o processo ensino-aprendizagem. Questionando sempre, para que ensinar? Para que serve o que estou ensinando? Quais os objetivos que proponho? E assim alternando novas maneiras de conduzir o ensino e a aprendizagem. Muitas escolas vêm repensando a função da avaliação. Sua prática vem mostrando que a avaliação pode ser um instrumento para ajudar o aluno a aprender, quando centrada nas atividades diárias de sala de aula.
Por mais que o professor, os colegas de classe e os materiais didáticos contribuem para que a aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem, é ele quem vai modificar, enriquecer e, portanto construir novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação.
No entanto, a construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares sofrem influência das ações propostas pelo professor, pelos colegas e também dos meios de comunicação, dos pais, irmãos, dos amigos, das atividades de lazer, do tempo livre, etc.. Dessa forma, a escola precisa estar atenta às diversas influências para que possa propor atividades que favoreçam as aprendizagens significativas.
Se a aprendizagem for uma experiência bem sucedida, o aluno constrói uma representação de si mesmo como alguém capaz de aprender. Se, ao contrário, for uma experiência mal sucedida, o ato de aprender tenderá a se transformar em uma ameaça, e a ousadia necessária à aprendizagem se transformará em medo, para o qual a defesa possível é a manifestação de desinteresse.
No entanto, é importante que se considere, em primeiro lugar, que nem todas as pessoas têm os mesmos interesses e habilidades, nem aprendem da mesma maneira, o que exige uma atenção especial, por parte da equipe escolar, para que todos possam se integrar do processo de aprender.
Para Piaget, por exemplo, a aprendizagem depende do nível de desenvolvimento já alcançado pela criança. O ensino deve seguir o desenvolvimento, pois só é possível aprender quando há um amadurecimento das funções cognitivas compatíveis com o nível de aprendizagem. Assim, a construção do conhecimento é entendida como resultante de adaptações da criança ao meio.
Para tanto, é fundamental que os professores saibam avaliar seus alunos, como ainda, as metodologias e instrumento de avaliação que, direta ou indiretamente, se aplica à escola. Ao ensino e ao próprio desempenho, visto que, cada tipo de conteúdo requer instrumentos apropriados de avaliação.
Nesse sentido, FERNANDES ressalta:
“ [...] a avaliação sendo parte de um processo maior deve ser usada tanto no sentido de um
acompanhamento do desenvolvimento do estudante, como no sentido de uma apreciação final sobre o que este estudante pôde obter em um determinado período, sempre com vistas a planejar ações futuras[...] ”. ( FERNANDES, Cláudia de O. 2006, p.115)
A essa aprendizagem integra-se o desenvolvimento de capacidades estéticas, que permitem realizar produções cada vez mais aprimoradas, sejam elas no campo da língua, das ciências ou no campo da arte, incluindo ainda a apreciação de múltiplas produções artísticas ligadas a diferentes culturas e momentos históricos.
Com as transformações pelas quais a sociedade vem passando, as formas de produção e aquisição dos saberes também vão se modificando. Cabe então, ao professor, o compromisso de mediar a construção do processo de conceituação, a ser apropriada pelos alunos, efetivando promoção de aprendizagem, o desenvolvimento de habilidades e competências para que elas participem ativamente da sociedade. Sendo assim, é tarefa do professor desenvolver situações de aprendizagem diferenciadas e estimular a articulação entre saberes e competências.
Conforme a definição de MORRETO (2003), as habilidades estão associadas ao saber fazer, ou seja, área física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim sendo, as habilidades devem ser desenvolvidas na busca de competências.
É também PERRENOUD que diz que “ Construir uma competência significa aprender a identificar e a encontrar os conhecimentos pertinentes”. Por isso, “se estiverem já presentes, organizados e designados pelo contexto, fica escamoteada essa parte essencial da transferência e da mobilização”.
Do ponto de vista prático, isso, isso significa que é necessário que os alunos descubram os seus próprios caminhos. Quanto mais “pronto” é o conhecimento que lhes chega, menos estarão desenvolvendo a própria capacidade de buscar esses conhecimentos, de “ aprender a aprender “, como tanto se preconiza hoje.
Cabe ao estudo da História, enquanto ciência social, desvendar esse enigma em toda a sua complexidade.
Portanto, é necessário buscar a essência dos fatos, ou seja, localizar os fatores econômicos, políticos, sociais e culturais que tiveram influência produzindo tais fatos.
O conhecimento sobre o nosso passado nos capacita a compreender o presente e fornece instrumentos para uma resposta aos desafios que o mundo nos impõe atualmente.
Embasada nessas fundamentações ao desenvolver esse projeto fiz uso de várias metodologias, sendo elas:
NOVE JEITOS MAIS COMUNS DE AVALIAR
1- PROVA OBJETIVA :
Definição- série de perguntas diretas, para respostas curtas, com apenas uma solução possível.
Função- Avaliar quanto o aluno apreendeu sobre dados singulares e específicos do conteúdo.
Vantagens – É familiar às crianças, simples de preparar e de responder e pode abranger grande parte do exposto em sala de aula.
Atenção – Pode ser respondida ao caso ou de memória e sua análise não permite constatar quanto o aluno adquiriu de conhecimento.
Planejamento – Selecionar os conteúdos para elaborar as questões e fazer as chaves de correções.
Análise – Definir o valor de cada questão e multiplicar pelo número de respostas corretas.
Como utilizar as informações – Listar os conteúdos que os alunos precisam memorizar; ensinando estratégias que facilitem associações, como listas agrupadas por ideias, relações com elementos gráficos e ligações com conteúdos já assimilados.
2-PROVA DISSERTATIVA:
Definição – Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer relações, resumir, analisar e julgar.
Função – Verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair fatos, formular ideias e redigi-las.
Vantagens – O aluno tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando habilidades de organização, interpretação e expressão.
Atenção – Não mede o domínio do conhecimento, cobre amostra pequena do conteúdo e não permite amostragem.
Planejamento - Elaborar poucas questões e dar tempo suficiente para que os alunos possam pensar e sistematizar seus pensamentos.
Análise – Definir o valor de cada pergunta e atribuir pesos a clareza das ideias, para a capacidade de argumentação e conclusão e a apresentação da prova.
Como utilizar as informações - Se o desempenho não for satisfatório, criar experiências e motivações que permitam ao aluno chegar à formação dos conceitos mais importantes.
3-SEMINÁRIO:
Definição – Exposição oral para um público leigo, utilizando a fala e materiais de apoio adequados ao assunto.
Função – Possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de forma eficaz.
Vantagens – Contribui para a aprendizagem do ouvinte e do expositor, exige pesquisa, planejamento e organização das informações; desenvolve a oralidade em público.
Atenção – Conhecer as características pessoais de cada aluno para evitar comparações na apresentação de um tímido ou de outro desinibido.
Planejamento – O professor deve ajudar na delimitação do tema, fornecer bibliografia e fontes de pesquisa, esclarecer os procedimentos apropriados de apresentação; definir a data de apresentação; solicitar relatório individual de todos os alunos.
Análise – Atribuir peso à abertura, ao desenvolvimento do tema, aos materiais utilizados e à conclusão. Estimular a classe a fazer perguntas e emitir opiniões.
Como utilizar as informações – Caso a apresentação não tenha sido satisfatória, planejar atividades específicas que possam auxiliar no desenvolvimento dos objetivos não atingidos.
4-TRABALHO EM GRUPO:
Definição – Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal etc) realizadas coletivamente.
Função – Desenvolve o espírito colaborativo e a socialização.
Vantagens – Possibilita o trabalho organizado em classes numerosas e a abrangência de diversos conteúdos em caso de escassez de tempo.
Atenção – Esse procedimento não tira do professor a necessidade de buscar informações para orientar as equipes. Nem deve substituir os momentos individuais de aprendizagem.
Planejamento – Propor uma série de atividades relacionadas ao conteúdo a ser trabalhado, fornecendo fontes de pesquisa, ensinar os procedimentos necessários e indicar os materiais básicos para a consecução dos objetivos.
Análise – Observar se houve a participação de todos e colaboração entre os colegas, atribuir valores às diversas etapas do processo e ao produto final.
Como utilizar as informações – Em caso de haver problemas de socialização, organizar jogos e atividades em que a colaboração seja o elemento principal.
5-DEBATE:
Definição – Discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de assunto polêmico.
Função – Aprender a defender uma opinião fundamentando-a em argumentos convincentes.
Vantagens – Desenvolve a habilidade de argumentação e a oralidade; faz com que o aluno aprenda a escutar com um propósito.
Atenção – Como mediado, o professor deve dar chance de participação a todos e não tentar apontar vencedores, pois em um debate deve-se priorizar o fluxo de informações entre as pessoas.
Planejamento – O professor deve definir o tema, orientando a pesquisa prévia, combinar com os alunos o tempo, as regras e os procedimentos; mostrar exemplo de bons debates. No final, pedir relatórios que contenham os pontos discutidos. Se possível, filmar as discussões para análise posterior.
Análise - Estabelecer pesos para a pertinência da intervenção, a adequação do uso da palavra e a obediência às regras combinadas.
Como utilizar as informações – Criar outros debates em grupos menores; analisar o filme e apontar as deficiências e os momentos positivos.
6-RELATÓRIO INDIVIDUAL OU SÍNTESE.
Definição – Texto produzido pelo aluno depois de atividades práticas ou projetos temáticos.
Função – Averiguar se o aluno adquiriu conhecimento e se conhece estruturas de texto.
Vantagens – É possível avaliar o real nível de apreensão de conteúdos depois de atividades coletivas ou individuais.
Atenção – Evitar julgar a opinião do aluno.
Planejamento – Definir o tema e orientar a turma sobre a estrutura apropriada ( introdução, desenvolvimento, conclusão e outros itens que julgar necessários, dependendo da extensão do trabalho ) ; o melhor modo de apresentação e o tamanho aproximado.
Análise - Estabeleça pesos para cada item que for avaliado (estrutura do texto, gramática, apresentação)
Como utilizar as informações – Só se aprende a escrever escrevendo. Caso algum aluno apresente dificuldade em itens essenciais, criar atividades específicas, indicar bons livros e solicitar mais trabalhos escritos.
7-AUTO – AVALIAÇÃO:
Definição – Análise oral ou por escrito, em formato livre, que o aluno faz do próprio processo de aprendizagem.
Função – Fazer o aluno adquirir capacidade de analisar suas aptidões e atitudes, pontos fortes e fracos.
Vantagens – O aluno torna-se sujeito do processo de aprendizagem, adquire responsabilidade sobre ele, aprende a enfrentar limitações e a aperfeiçoar potencialidades.
Atenção – O aluno só se abrirá se sentir que há um clima de confiança entre o professor e ele e que esse instrumento será usado para ajudá-lo a aprender.
Planejamento – Fornecer ao aluno um roteiro de auto-avaliação, definindo as áreas sobre as quais você gostaria que ele discorresse; liste habilidades e comportamento e peça para ele indicar aquelas em que se considera apto e aquelas em que precisa de reforço.
Análise – Use esse documento ou depoimento como uma das principais fontes para o planejamento dos próximos conteúdos.
Como utilizar as informações – Ao tomar conhecimento das necessidades do aluno, sugira atividades individuais ou em grupo para ajudá-lo a superar as dificuldades.
8- OBSERVAÇÃO:
Definição – Análise do desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar ou em situações planejadas.
Função – Seguir o desenvolvimento do aluno e ter informações sobre as áreas afetiva, cognitiva e psicomotora.
Vantagens – Perceber como o aluno constrói o conhecimento, seguindo de perto todos os passos desse processo.
Atenção – Fazer anotações no momento em que ocorre o fato; evitar generalizações e julgamentos subjetivos; considerar somente os dados fundamentais no processo de aprendizagem.
Planejamento – Elaborar uma ficha organizada (check-list, escalas de classificação) prevendo atitudes, habilidades e competências que serão observadas. Isso vai auxiliar na percepção global da turma e na interpretação dos dados.
Análise – Compare as anotações do início do ano com os dados mais recentes para perceber o que o aluno já realiza com autonomia e o que ainda precisa de acompanhamento.
Como utilizar as informações – Esse instrumento serve como uma lupa sobre o processo de desenvolvimento do aluno e permite a elaboração de intervenções específicas para cada caso.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:
Levar os alunos a compreender os variados processos históricos em uma perspectiva abrangente, que trata de aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais, fazendo-os perceber o encadeamento dos acontecimentos ao longo do tempo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Entender que a sociedade feudal resultou da fusão de instituições romanas e germânicas.
- Perceber a importância das guerras na vida dos povos bárbaros e sua relação com a formação das realezas germânicas.
- Diferenciar as três ordens que compunham a sociedade feudal: o clero, a nobreza e os camponeses.
- Identificar as principais partes de um feudo e relacioná-las com as necessidades de seus habitantes.
- Reconhecer a importância das atividades comerciais e agrícolas para a expansão da vida urbana na Europa a partir do século XI.
- Analisar as Cruzadas, destacando seus fatores e resultados religiosos, econômicos e políticos.
- Comparar as cidades medievais com as cidades atuais, estabelecendo semelhanças e diferenças.
- Entender que a sociedade feudal resultou da fusão de instituições romanas e germânicas.
- Compreender os aspectos relacionados à formação dos estados nacionais e grupos sociais ascendentes.
- Compreender a relação entre os três mundos: América, Europa e África.
RECURSOS
RECURSOS MATERIAIS:
Computador, papel sulfite, máquina fotográfica, televisão, aparelho de DVD, papel manilha, pincel atômico, régua, tinta, livros, lousa, giz, cola, etc.
RECURSOS HUMANOS:
Professora de História, professora da sala de tecnologia, coordenadora, secretaria da escola, etc.
METODOLOGIA
Leitura de textos, individual e em grupo destacando as palavras desconhecidas;
Aulas expositivas e explicativas;
Confecção de cartaz;
Seminários;
Debates;
Pesquisas na STE, livros etc;
Produção de sínteses sobre os conteúdos;
Assistir filme e depois fazer relatório;
Provas escrita.
CRONOGRAMA
Mês de execução | Quantidade de aulas | Ações a ser desenvolvida |
Março | 1 h/ aula 2 h/ aula 2 h/ aula 2 h/ aula 1 h/ aula | - Apresentação do projeto para os alunos; - Leitura e comentários sobre Europa: as migrações e o feudalismo; - Atividades e correção. -Leitura e comentários sobre Igreja e poder na Idade Média. - Atividades. |
Abril | 1 h/ aula 2 h/ aula 2 h/ aula 2 h/ aula | - Continuação das atividades e correção. -Elaboração da história em quadrinhos sobre o Feudalismo. - Leitura e comentários sobre o Islã; - Atividades. |
Maio | 2 h/ aula 1 h/ aula 2 h/ aula 3 h/ aula | - Elaboração de questões para debate; - Debate entre meninos X meninas. -Leitura e comentários sobre o Renascimento comercial e urbano na Europa; - Atividades e correção. |
Junho | 2 h/ aula 1 h/ aula 1 h/ aula 1 h/ aula 2 h/ aula | -Pesquisa na sala de tecnologia sobre o Renascimento Cultural na Europa; - Síntese sobre o Renascimento Cultural. -Pesquisa na STE sobre: arquitetos, escritores, escultores, pensadores, imprensa, bússola, etc. - Confecção de cartazes sobre os Renascentistas; - Seminário sobre os Renascentistas. |
Julho | 2 h/ aula 1 h/ aula 1 h/ aula 1 h/ aula | - Leitura e comentários sobre a Reforma Religiosa. - Atividades. - Correção das atividades. - Prova sobre a Reforma Religiosa (Terceiro Bimestre) |
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados através de:
Relatórios;
Na confecção de cartazes;
Comentários;
Exercícios;
Observação;
Elaboração de sínteses;
Participação;
Debates;
Provas.
Obs.: a avaliação será feita no decorrer de todo este processo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERNANDES, Claúdia de Oliveira. Currículo e Avaliação. In: BRASIL. Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Indagações sobre o Currículo. Brasília 2002.
MORETTO, Vasco P. Construtivismo – a produção do conhecimento em aula. 4ª edição. DP&A Editora, 2003
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000
VICENTINO, Cláudio. Projeto Radix: História, 7º ano/ Cláudio Vicentino.
São Paulo: Scipione, 2009.- ( Coleção Projeto Radix ).
Abaixo o Projeto proposto pela professora Lurdes aos alunos do 7º ano , eles fizeram debates, elaboraram cartazes e fizeram apresentação em sala de aula.